17 abril 2015

Resenha: O Rapaz do Pijama ás Riscas

Autor: John Boyne

Uma história de inocência num mundo de ignorância
















Este livro já fazia parte da minha lista de leitura à séculos, a minha turma teve de fazer a apresentação de um livro de uma lista fornecida pela nossa professora, os dois únicos nomes que me saltaram à vista foi este e o "Diário de Anne Frank", que são da mesma temática a única diferença é que o "Diário de Anne Frank" é uma história real.

John Boyne é irlandês e começou a escrever aos 19 e possui, além deste, 7 romances, 4 livros infanto-juvenis, como por exemplo "A coisa terrivel que aconteceu a Barnaby Brocket, e 2 novelas.

O Rapaz do Pijama às Riscas foi editado em 2007, ele aborda a temática diversidade religiosa e preconceito durante a II Grande Guerra Mundial.

O livro fala de um rapazinho chamado Bruno, a sua idade, 9 anos, confere-lhe muita inocência, Descende de uma família tradicional alemã, é muito curioso por isso adora explorar.
Certo dia é dito a Bruno que deixarão Berlim para começar novamente num lugar distante, é assim que começa a nossa história, quando Bruno com o pai, a mãe, a irmã e os criados mudam-se para Acho-Vil, o motivo foi a promoção do pai, pois como citado em vários pontos do livro Führer tinha grande planos para ele.


Como não havia nada em volta, Bruno sentia-se sempre entediado então, devido a uma coisa que observara da janela do novo quarto, uma vedação alta em que todos para lá dela usavam pijamas às riscas, ele decide ir fazer o que tanto gostava em Berlim, explorar.

É aqui que ele conhece Shmuel, um menino judeu, que se torna seu amigo.

Sinto muito em dizer-vos que a história desta amizade muito bonita não acaba bem, eu não vos vou adiantar mais pois estaria a estragar a história.

Em várias partes do livro é demonstrado a inocência de Bruno, mas houve uma que foi especialmente marcante, ensinado pelo pai, Bruno repete a saudação "Heil Hitler" pensando tratar-se de uma forma de despedida. O que é que eles contavam e explicavam às crianças?

Durante uma conversa de Bruno e Shmuel eles falaram nos símbolos transportados pelo pai de Bruno e pela família de Shmuel, o símbolo dos militares Nazis e o símbolo de identificação judaica.



Este livro possui um filme, transmitido pela primeira vez em 2008.
O livro ao contrário do filme, possui um carácter mais leve, não expondo tudo, embora seja rico em detalhes.
O filme é mais óbvio e directo, diz coisas não escritas no livro, não é muito diferente mas mesmo assim eu aconselho mais a leitura do livro que a visualização do filme, mas se fizerem os dois melhor ainda.




Eu gostei bastante do livro, o final é muito tocante e também algo chocante, mas muito bonito.
Eu recomendo muito e espero que consigam entender a mensagem que é transmitida através das suas palavras.
Não só com este livro mas com qualquer outro, ou qualquer referência a esta mancha negra na nossa história, é-me impossível não pensar em como Hitler conseguiu fazer tanta gente se unir a uma causa tão... vil. E como tantas pessoas não tiveram coração ao ponto de chacinarem tantas outras, inocentes, apenas pela diferença de religião. É uma coisa que não me cabe na cabeça.


Nota: 8/10


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