Uma história de inocência num mundo de ignorância
Este livro já fazia parte da minha lista de leitura à séculos, a minha turma teve de fazer a apresentação de um livro de uma lista fornecida pela nossa professora, os dois únicos nomes que me saltaram à vista foi este e o "Diário de Anne Frank", que são da mesma temática a única diferença é que o "Diário de Anne Frank" é uma história real.
John Boyne é irlandês e começou a escrever aos 19 e possui, além deste, 7 romances, 4 livros infanto-juvenis, como por exemplo "A coisa terrivel que aconteceu a Barnaby Brocket, e 2 novelas.
O Rapaz do Pijama às Riscas foi editado em 2007, ele aborda a temática diversidade religiosa e preconceito durante a II Grande Guerra Mundial.
O livro fala de um rapazinho chamado Bruno, a sua idade, 9 anos, confere-lhe muita inocência, Descende de uma família tradicional alemã, é muito curioso por isso adora explorar.
Certo dia é dito a Bruno que deixarão Berlim para começar novamente num lugar distante, é assim que começa a nossa história, quando Bruno com o pai, a mãe, a irmã e os criados mudam-se para Acho-Vil, o motivo foi a promoção do pai, pois como citado em vários pontos do livro Führer tinha grande planos para ele.
Como não havia nada em volta, Bruno sentia-se sempre entediado então, devido a uma coisa que observara da janela do novo quarto, uma vedação alta em que todos para lá dela usavam pijamas às riscas, ele decide ir fazer o que tanto gostava em Berlim, explorar.
É aqui que ele conhece Shmuel, um menino judeu, que se torna seu amigo.
Sinto muito em dizer-vos que a história desta amizade muito bonita não acaba bem, eu não vos vou adiantar mais pois estaria a estragar a história.
Em várias partes do livro é demonstrado a inocência de Bruno, mas houve uma que foi especialmente marcante, ensinado pelo pai, Bruno repete a saudação "Heil Hitler" pensando tratar-se de uma forma de despedida. O que é que eles contavam e explicavam às crianças?
Durante uma conversa de Bruno e Shmuel eles falaram nos símbolos transportados pelo pai de Bruno e pela família de Shmuel, o símbolo dos militares Nazis e o símbolo de identificação judaica.
Este livro possui um filme, transmitido pela primeira vez em 2008.O livro ao contrário do filme, possui um carácter mais leve, não expondo tudo, embora seja rico em detalhes.
O filme é mais óbvio e directo, diz coisas não escritas no livro, não é muito diferente mas mesmo assim eu aconselho mais a leitura do livro que a visualização do filme, mas se fizerem os dois melhor ainda.
Eu gostei bastante do livro, o final é muito tocante e também algo chocante, mas muito bonito.
Eu recomendo muito e espero que consigam entender a mensagem que é transmitida através das suas palavras.
Não só com este livro mas com qualquer outro, ou qualquer referência a esta mancha negra na nossa história, é-me impossível não pensar em como Hitler conseguiu fazer tanta gente se unir a uma causa tão... vil. E como tantas pessoas não tiveram coração ao ponto de chacinarem tantas outras, inocentes, apenas pela diferença de religião. É uma coisa que não me cabe na cabeça.
Nota: 8/10

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